quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quando era criança ..


“Quando era criança achava que não existia dor maior que cair e ralar o joelho, esperar pelo presente que o Papai Noel ia trazer e quando abrisse o pacote ver que ele se enganou e não era aquele presente que queria, apanhar dos pais, ficar de castigo ou perder o desenho favorito da manhã. Aí a gente cresce e percebe que a vida começa complicar, a dor de não receber o presente que queria é substituída por um “você não tem mais idade para ganhar presente” da sua mãe. Apanhar dos pais passa a ser pouco perto da surra que levo da vida, ficar de castigo é focar nos estudos e nas cobranças dos pais e a dor que sentia quando ralava o joelho agora é a dor de um sentimento não correspondido ou a dor de uma saudade. E pode ter certeza que ter saudade do que não volta é o que mais tortura. Só pelo fato de que as lembranças insistem em ficar na memória e o coração recusa toda e qualquer ajuda. Me arrependo de não ter dado atenção quando minha mãe falava que era para aproveitar a minha infância, brincar até cansar e dormi até todo o sono passar, porque agora eu perco o sono pensando nessa tal saudade, que tem nome, um sorriso lindo e um pedaço do meu coração.”

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